Prédios históricos: como se hospedar no Copan?

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Sempre tive vontade de morar no Copan, o que parecia ser um desejo muito distante de ser realizado, se tornou real – pelo menos por dois dias -, e digo mais: foi inesquecível. Com essa série de nos hospedarmos em prédios históricos, queremos também levar para frente a ideia de sermos um casal turista da própria cidade, assim incentivamos outras pessoas, casais ou não, a criarem momentos incríveis como esse que vivemos. Provando que não precisamos viajar e ir para longe para aproveitar uma cidade. Confira abaixo detalhes dessa experiência:

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Uma publicação compartilhada por ExperimenteSP (@experimente.sp) em 4 de Jul, 2019 às 3:28 PDT

De onde veio a ideia

Tudo começou quando Felipe e eu estávamos planejando o que fazer no dia 30 de junho, nosso aniversário de 6 anos de namoro. Não queríamos viajar, então comecei a pesquisar por hotéis bons pela cidade. Vixi… sem chance! As diárias de redes bacanas estavam caríssimas. Foi então que comecei a busca num site de aluguel por temporada, o Airbnb (não é publi, mas se o Airbnb quiser patrocinar essa série: nota a gente, Airbnb! haha), e então, pensei: “Por que não o Copan?”. Dessa ideia de comemoração diferente, surgiu a vontade de nos hospedarmos em outros prédios históricos.

Copan: o lugar dos sonhos

Para entender a importância da escolha do edifício Copan, leia a breve história neste site. Símbolo da arquitetura moderna e projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer na década de 50, o formato em “S” é uma marca dele que um dia escreveu: “não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível… o que me atrai é uma curva livre e sensual…” (Niemeyer, 1998). 

Hoje o prédio tem 1160 apartamentos distribuídos em 6 blocos com 2038 moradores e área comercial no térreo com 72 lojas, como salões de beleza, cafeteria, padaria, lojas de roupas, restaurantes, igreja, galeria de arte e muitas outras coisas. Ou seja: dá pra fazer praticamente TUDO sem sair do edifício.

Escolha da hospedagem

Assim que comecei as pesquisas pelo site Airbnb, foram mais de 30 apartamentos encontrados no Copan. Coloquei a data da estada para encontrar apenas os livres nesse período. Depois, levei em consideração cinco coisas: arquitetura/decoração do ambiente, iluminação, andar, vista e comentários de outros usuários. Ficaram uns três finalistas. Foi então que cheguei no stúdio no 28º andar do Edson e da Ketlyn que, assim como nós, é um casal que ama a cidade em que vive.

Stúdio @copan.sp

Sim, o stúdio tem até um Instagram. <3 Mais duas curiosidades: eles se mudaram para o apê no dia 25 de Janeiro, aniversário de São Paulo, e ele foi inteirinho projetado pela própria Ketlyn, que é arquiteta. A casinha deles até saiu num site que eu amo, o Histórias de Casa, confere lá.

Com apenas 43 m², o local consegue contemplar tudo o que precisamos e ainda tem espaço suficiente para um casal morar. Além de ser bem iluminado, ter uma vista incrível, estar tudo muito bem limpo, ter uma arquitetura que encanta e, claro, estar num dos edifícios mais emblemáticos de São Paulo.

Edson e Ketlyn ainda deixam muitas coisas à disposição dos hóspedes: shampoo, condicionador, sabonete, toalhas, roupas de cama, travesseiro, ar condicionado, secador de cabelo, tv a cabo com Netflix, Wi-Fi, máquina de lavar, ferro de passar, cabides, fogão, forno, microondas e todos os apetrechos para quem quiser cozinhar, inclusive temperos.

• Como reservar?
  Pelo Airbnb! Se não tiver cadastro, temos um link com R$ 130 de desconto!
• Qual o link do apartamento?
  Clique aqui que irá direto para anúncio do stúdio @copan.sp.
• Valor da reserva?
  Foram duas diárias por R$ 677 com taxas de limpeza e de estorno em caso de cancelamento.
• Forma de pagamento?
  Apenas cartão de crédito. É possível parcelar, mas acredito que tenha juros.
• É disputado para reservar?
  Fiz a reserva 15 dias antes da hospedagem e tive a sorte do apartamento estar disponível para o nosso fim de semana de aniversário de namoro.
• Tem estacionamento?
  O apartamento não tem estacionamento, mas sabemos que há muitos pela região. Como fomos de metrô, não temos um para indicar

Visitas ao terraço

Infelizmente nossa hospedagem contemplou dias em que as visitas ao mirante do Copan não acontecem. Elas são apenas de segunda a sexta-feira em dois horários. Nós já visitamos uma vez, em 2016. Fizemos esse post aqui no blog com todos os detalhes da visita. Se você for se hospedar durante a semana, vale a pena conhecer o mirante do edifício.

O que fazer dentro do Copan

• durante a noite
  Guardamos dinheiro para aproveitar bem nosso fim de semana de comemoração, que fique claro que não costumamos esbanjar desse jeito. hahaha Então, logo que fizemos o check-in e deixamos as coisas no apartamento sexta-feira à noite, fomos ao tão famoso Bar da Dona Onça, eram 20h. Por sorte, tinha uma mesa para duas pessoas livre. Pedimos dois drinques e uma porção de croquete carne de panela – com a taxa de serviço, pagamos R$ 117,52. Depois, fomos ao novo bar de drinques superintimista e aconchegante: o Fel, também pedimos duas bebidas (R$ 81,40 com taxa de serviço). Maravilhosas, por sinal. Como ainda estávamos com fome, passamos na Pizzaria Copan e pedimos uma pizza grande com três sabores para viagem (R$ 76 com refrigerante de 2 litros). Eles entregam de graça no apartamento. 🙂

• durante o dia
  No dia seguinte a ideia era visitarmos o Café Floresta para tomar um café moído na hora nessa cafeteria de 1970, mas lembramos que lá só aceita dinheiro e estávamos apenas com cartão. Mais tarde, fomos conhecer a Galeria Pivô, um espaço de arte contemporânea muito bonito e grande, nem parece que estamos dentro do Copan. Visitamos também a Padaria Santa Ifigênia para um lanche da tarde, o croissant de chocolate estava divino. Gastamos R$ 38,40 em três salgados e um doce.

Passeios próximos ao edifício

O único passeio cultural que fizemos foi visitar a Chácara Lane (750 m do Copan), que faz parte do Museu da Cidade de São Paulo – uma rede de casas históricas, construídas entre os séculos 17 ao 20 e distribuídas nas várias regiões da cidade. Há outros lugares culturais próximos para passear, nós preferimos priorizar os arredores do edifício, mas caso queira dicas de outros passeios para montar o seu roteiro, manda mensagem para nós lá no Instagram.

Conhecemos também o Instituto Feira Livre (280 m) e o Galpão Jardim Secreto (260 m). Nesse passeio a pé, aproveitamos para retornar à Sorveteria do Centro (170 m) que, por incrível que pareça, estava sem nenhuma fila ao meio-dia. Já falamos deles neste post aqui. Confira!

Já o nosso jantar de 6 anos de namoro foi na A Casa do Porco, não vamos entrar em detalhes aqui, pois o Felipe fará um post apenas sobre o lugar. Mas podemos dizer que foi uma experiência inesquecível. Nos programamos para esse jantar quase um mês antes, mas demos o “azar” dele estar entre os 50 melhores restaurantes do mundo justamente na semana da comemoração. Mas fica uma dica: coloque o nome na lista de espera pelo menos 4h antes do horário que gostaria de entrar e depois vá passear pela região. 🙂 O menu degustação “O Porco é” custa R$ 129 por pessoa e contempla 7 entradas, um prato principal e sobremesa.

Segurança no centro de São Paulo

Assim como qualquer cidade grande, o cuidado deve ser redobrado. Porém, o centro nos pareceu mais tranquilo do que esperávamos. Durante a noite, escolhemos ir em lugares bem próximos ao Copan e fomos a pé mesmo, sem nenhum problema. A quantidade de pessoas é muito grande, inclusive quando saímos meia-noite do restaurante. Há muitos bares, baladas e restaurantes pela região. Mas, é claro, não fique bobeando com o celular na mão, por exemplo. E a ideia é essa: quanto mais gente estiver no centro, mais seguro ele fica. 🙂

Resultado: só amor pela cidade

Apesar do centro ter se gourmetizado e nem todos os passeios são acessíveis para todos (inclusive para nós, que tivemos que economizar meses de salário para conseguir comemorar o aniversário), vê-lo vivo com pessoas passeando pelas ruas e observar da janela do quarto São Paulo dormir e acordar foi uma sensação indescritível. Entrei nessa estada uma Bruna e saí outra. Parece que fizemos uma viagem e era exatamente essas sensação que nós buscávamos: nos sentirmos turistas da nossa própria cidade.

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Bruna Yuri Ouchi

bruna.yuri@hotmail.com

https://www.experimentesp.com.br

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