Um recanto de calmaria e de belos jardins nos faz esquecer de que estamos dentro do agitado Parque Ibirapuera, em pleno domingo de manhã ensolarado do inverno. Encontrar o Pavilhão Japonês no meio do parque não foi tarefa fácil, mas conforme achávamos o caminho, parecíamos que entrávamos em outra dimensão. Uma árvore de cerejeira florida parecia dar as boas-vindas aos visitantes. Cada cantinho parecia nos levar para o outro lado do planeta.
Um presente à cidade
O Pavilhão Japonês foi um presente da colônia japonesa aos 400 anos da cidade, em 1954. A arquitetura é inspirada no palácio Imperial Katsura, em Quioto, construído pelo príncipe Toshihito Hachijo (1579 a 1629). É incrível andar por dentro e não tentar imaginar como eram e são os palácios no Japão. Claro que o Felipe não poderia deixar de lembrar que parecia um cenário de Kill Bill. rs
Exposições e cultura
No dia da nossa visita, estava em cartaz a mostra “Bancos Indígenas do Brasil”, ela deve ficar até setembro de 2018 e vale muito a pena. São mais de 70 bancos vindos de diversas tribos indígenas. Não deixe de assistir a um vídeo que conta um pouco a história de produção dos bancos. É incrível. Depois descobrimos no site do Parque Ibirapuera que também há uma pequena mostra da memória e cultura japonesa com exposição de peças de cerâmicas, trajes de guerreiros e outros objetos, mas provavelmente foram retirados para dar espaço à exposição dos bancos.
Jardins ornamentais
Felipe pirou nos jardins. As pequenas árvores – chamadas de Bonsai – e grandes pedras deixam a área externa a coisa mais linda de se ver. Cada espécie de planta tem uma plaquinha com nome e origem, ficamos encantados pelo Pinheiro Negro. No jardim zen que tem aquela areia branca, sabe? Em volta de algumas plantas há desenhos e o mais incrível é não ver pegadas por ali e ficamos pensando como eles conseguem arrumar depois.
Varanda com vista para um lago de carpas
Ao entrar no palácio e passar pela ponte entre os jardins, chegamos a um salão principal, que mostra como são tradicionalmente os recintos de uma casa japonesa. Dando preferência pela luz natural, as paredes para a varanda são todas de vidro. Ao chegar na varanda, um lago artificial de carpas enorme chama a atenção dos visitantes. Quem quiser alimentar os peixes, é só comprar um saquinho de ração com um dos funcionários. Aliás, vocês sabiam que as carpas podem chegar a 70 anos? As mais velhas de lá são enormes, e detalhe que elas têm apenas 18 anos.
Cerejeiras são um espetáculo a parte
Um dos motivos que fizeram visitarmos o Pavilhão Japonês foi saber que as cerejeiras tinham desabrochado. Então corremos para lá, pois elas duram apenas algumas semanas. Dentro do Pavilhão vimos três árvores, mas fora dele, ao lado esquerdo, diversas cerejeiras contornam o rio e as pessoas sentam embaixo delas para contemplar a vista.
Como encontrar o Pavilhão Japonês?
É complicado. Isso porque pedidos ajuda para um segurança que estava na entrada do portão 9A, mas ele estava tão de mau humor, que não explicou para nós direito. Só perguntando para uma vendedora de coco no parque que tivemos uma explicação melhor. Então, se chegar no parque a pé, vá para a entrada 9A e vire a direita, quando avistar o lago, contorne-o pela esquerda, você verá o Planetário, então continue em frente até ver os banheiros e vire a direita na pista. Ande mais um pouco e você verá a entrada para o Pavilhão.
Pavilhão Japonês
Parque Ibirapuera
Funcionamento: quarta, sábado, domingo e feriado
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Preço: R$10 (inteira) e R$5 (meia)